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Mauá busca recursos para fundar museu

O município de Mauá irá transformar casa onde pernoitava o barão de Mauá, na época de construção da ferrovia Santos a Jundiaí, em museu histórico e pedagógico, com o intuito de preservar seu único monumento de grande importância.

 

Para que isso seja possível. O prefeito Amaury Fioravanti já declarou de utilidade pública o casarão localizado na Vila Bocaina e que atualmente é habitado por três famílias. Embora o decreto seja de 29 de abril de 1975, nada ainda foi feito de concreto porque a Prefeitura não dispõe de verbas suficientes para desenvolver o projeto, Porém segundo o prefeito, estão sendo feitos levantamentos em livros e consultados antigos moradores com o objetivo de se fazer um arquivo preliminar, que mais tarde poderá integrar a seção pedagógica do museu. 

 

O velho casarão onde o barão de Mauá esteve durante a construção da antiga São Paulo Railway. hoje Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, está localizada na esquina das avenidas Getúlio Vargas e Almirante Tamandaré. 

As suas janelas, portas e paredes ainda mantém as características de construção da época em que foi erguida — entre 1840 e 1850, segundo funcionários da Prefeitura — mas já perdeu muito da originalidade com a introdução de materiais modernos e acréscimo de novos cômodos. Aparentando muita disposição, apesar de seus 60 anos. Cristovam Alba Fernandes. que veio para Mauá em 1932 e atualmente reside na vila Bocaina, conta que no dia 1° de julho de 1948 casou-se no velho prédio. Cristovam morou ali durante quatro anos, entre 1942 e 1946, e naquela época as antigas telhas paulistinhas já haviam sido substituídas pelas modernas francesas. 

"Havia uma escadaria que dava para ura salão enorme existente no pavilhão de cima. quatro paineiras na parte da frente e um grande coqueiro na parte lateral da casa. mas tudo foi destruído depois que Mauá deixou de ser distrito de Santo André para permitir o rebaixamento do leito da antiga estrada da fazenda Bocaina, que recebeu a avenida Getúlio Vargas" .

 

O antigo morador lembra, também, que as paredes são de taipa, cora cerca de 60 centímetros de espessura, e que ainda existe uma grande parte da armação de madeira, semi lavrada, interna. Posteriormente foi construída uma cozinha na terceira ala e a casa dividida foi alugada para três famílias. 

 

Por outro lado, na avenida Barão de Mauá existe outra construção muito antiga, com características semelhantes ao prédio que abrigará o museu histórico e pedagógico, onde se localizou o primeiro grupo escolar do município Esse prédio também já foi declarado de utilidade pública e a Prefeitura pretende restaurá-lo para instalar ali a Casa da Cultura de Mauá.

 

Fonte: O Estado de São Paulo, 02/10/1976

Pesquisa: Alex Ferreira

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