Mandato: 01/02/1977 a 31/01/1981 (Prorrogação até 31/01/1983
Gestão: 01/02/1977 a 31/01/1983
Relato de sra. Ana Lúcia Rezende da Silva (viúva).
Nascido em Uberaba, Minas Gerais, em 20 de outubro de 1944.
Seus pais: José Rezende da Silva e Adebrair Ribeiro da Silva, hoje falecidos.
Sua família morava em Uberaba, onde ele participava de movimentos, de centros acadêmicos, já despontando sua liderança. Sempre esteve ligado ao teatro, e chegou a ser campeão mineiro de natação.
Em 1970 formou-se em Odontologia pela Faculdade de Odontologia de Uberaba, e como muitos de seus colegas de profissão, veio para São Paulo iniciar sua vida profissional. Em seu caso especificamente, veio para Diadema e depois para Mauá, montar seu consultório.
Ana Lúcia Amorim Rezende da Silva, nascida em Uberaba em 15 de abril de 1946, filha de Florival Moraes de Amorim e Maria de Lourdes Souza de Amorim, conheceu Dorival na vida estudantil, em eventos, jogos, bailes, quando fizeram amizade e começaram a namorar. Noivaram, e Ana Lúcia precisou mudar para Salvador em 1968.
Em 1972 casaram-se em Uberaba e vieram para cá. Com sua clínica, Dorival Rezende conheceu bastante gente, pois tinha muitos clientes, e assim foi fazendo amizade com as pessoas da cidade. Moravam na Av. Barão de Mauá, em cima da loja SASAKI. Recém chegados a São Paulo, o casal sempre reunia-se com pessoas já tinham vindo de Uberaba, também saíam para conhecer lugares novos, passear na capital, e participar de movimentos culturais.
Convidado por Amaury Fioravanti, lançou-se candidato a prefeito e começaram a trabalhar. E nesta primeira tentativa se elegeu. Em 1977 assumiu a Prefeitura, e ao final de seu mandato, foi informado que deveria permanecer em "mandato-tampão" até 1983, para que as eleições coincidissem com as de outras Prefeituras.
Vinte dias depois da cerimônia de posse, nasceu o 1º filho do casal: Rafael. O 2º filho, José Rezende da Silva Neto, nasceu no prolongamento do mandato até 1983, quando já moravam na Vila Noêmia.
Ana Lúcia assumiu a Comissão de Orientação e Promoção Social, que oferecia cursos, assistência social, farmácia e outras coisas. Realizavam campanhas e eventos para que pudessem auxiliar mais a quem buscava ajuda. Havia kombis que levavam as pessoas para tratarem-se com especialistas em São Paulo, caso não houvesse tratamento aqui.
Ressaltou Ana Lúcia que tal organização muitas vezes é vista sob o olhar de puro assistencialismo, onde a pessoa fica dependente da Prefeitura, mas à época, afirma-nos que era a única maneira possível de trabalho, pois chegavam diariamente muitos migrantes vindo do Nordeste, e de outros pontos do país, que não conheciam ninguém e nem o lugar.
Apenas um irmão de Dorival Rezende veio para Mauá, o dr. Dilson, que se formou em Medicina em Minas Gerais e veio montar seu consultório aqui. Quando Dorival assumiu a Prefeitura, colocou outros dentistas para trabalhar em sua clínica, e na década de 80 entrou em Direito na Universidade de Mogi das Cruzes.
Faleceu em 13/06/1983.