Amélio Zuliani
Mandato: 01/01/1959 a 31/12/1962
Gestão: 04/09/1962 a 31/12/1962
Relato de sra. Vera (filha) e Manoel Monteiro Hauck (genro).
Nascido em 25/01/1913 no Cambuci, São Paulo, Amélio era filho de imigrantes italianos. Seus pais: Vicente e Ângela Zuliani vieram tentar a vida no Brasil, ele era carpinteiro. Tiveram 6 filhos.
Amélio jogou basquete no Palestra Itália, hoje Palmeiras. Saiu do Cambuci com 20 anos, quando ele e o irmão Ítalo vieram para trabalhar na fábrica de cerâmica João Jorge Figueiredo, onde ficou de 1949 a 1953. Aprendeu com o pai a profissão de carpinteiro. De lá, passou a trabalhar na Porcelana Mauá, também como carpinteiro.
Em Mauá, conheceu o armazém de Ângelo Giannoni, e assim, sua filha Íria, por quem se interessou. Ela é de família antiga em Mauá e com descendência italiana. Namoraram e casaram-se na Igreja Matriz de Santo André.
Inicialmente moraram nas proximidades da Av. Barão de Mauá, e depois mudaram-se definitivamente para a R. Campos Sales. O casal teve 3 filhos: Marlene, Vera e Álvaro (falecido).
Seus filhos estudavam no Viscondinho, e aos domingos à noite iam passear no "vai-e-vem", onde as pessoas andavam pela Av. Barão de Mauá. As filhas também trabalharam na Porcelana Mauá. Iam muito nos bailes do Associação Atlética Industrial.
Amélio tocou na Banda Lyra, e também foi presidente do Industrial por 7 anos, sendo inclusive técnico do time de futebol.
Sua vida política começou com sua participação nos movimentos autonomistas, fazendo parte da Comissão dos Emancipacionistas. Era amigo pessoal de Elio Bernardi, pois este casou com a sobrinha da esposa de Amélio, e ajudava-o como cabo eleitoral. Foi eleito vereador, sendo escolhido como 2º secretário da Câmara.
No final do mandato de Elio Bernardi como prefeito, pediu afastamento para candidatar-se ao cargo de deputado, e assim aconteceu com o vice, com o presidente da Câmara, com o 1º secretário. Resultado: Amélio Zuliani, 2º secretário, assumiu a Prefeitura. Por isso sua gestão durou três meses.
Não quis mais sair candidato a nenhum cargo. Seus filhos também não seguiram vida política, apenas seu genro, que foi vereador por duas vezes. Na gestão de Edgar Grecco, foi fiscal da Prefeitura, e lá aposentou. Faleceu em 08 de fevereiro de 1995.