William Puntschart
Entre 1950 e 1970, aproximadamente, a cidade de Mauá foi considerada a Capital Nacional da Porcelana, pois os artigos aqui fabricados alcançaram, com êxito, os mercados interno e externo. Entre outros, Foram produzidos aparelhos de jantar, chá e café, louças domésticas em geral adornos, peças para floricultura, isoladores elétricos (utilizados na rede elétrica das estradas de ferro) e, também, recipientes para produtos farmacêuticos e de laboratórios.
A origem desse processo deveu-se à qualidade dos artigos industrializados, habilidade da mão de obra composta, principalmente, por imigrantes; existência na região de minas de caulim (barro forte ou barro branco) e argila, fundamentais no processo produtivo; facilidade de escoamento da produção, por meio da linha férrea; e, ainda, a excelente localização da cidade, entre a capital e o porto de Santos.
Para se ter uma ideia, na época, atuavam no município as seguintes empresas do ramo:
Cedida gentilmente por Sônia Volpi
Fabrica de Louças Viúva Grande e Filhos ou Fábrica Grande, como ficou conhecida pela população. Em atividade desde 1914, recebeu, recebeu ao longo de seus 50 anos de atividades diferentes denominações, Após chamar-se Companhia Industrial do Pilar, cuja designação serviu também para o então time de futebol local que, mais tarde, se tornaria a Associação atlética, industrial recebeu o nome de Comércio e Industria João Jorge Figueiredo. Depois, mudou seu nome para Cerâmica Miranda Coelho. No local, atualmente funciona o SESI do Jardim Zaíra.
Acervo Museu Barão de Mauá
Fábrica de louças de Pó de Pedra Paulista, de Luiz Torrighelli e Companhia, conhecida popularmente como Paulista, após construir o tanque homônimo, importante para seu processo de produção.
Acervo Museu Barão de Mauá
Porcelana Mauá, em atividade desde 1937. É considerada a primeira a produzir porcelana fina no Brasil.
Acervo Museu Barão de Mauá
Indústria de Cerâmica Cerqueira Leite S/A. Em seus 8.500m² de área industrial, impulsionou a fabricação de isoladores de porcelana, fornecendo-os para as diferentes empresas do País.
Acervo Museu Barão de Mauá
Porcelana Real, em funcionamento desde 1943. A partir de 1972, muda a razão social para Porcelana Schmidt. Sua produção, além de atender a todas as embaixadas brasileiras no exterior, chegava também para o consumidor da Dinamarca, África do Sul, Noruega e Finlândia, entre outros países.